22 de Abril

Luto

Triste dia para o cinema nacional... Morreu, aos 89 anos de idade, o diretor de cinema Nelson Pereira dos Santos, um dos precursores do Cinema Novo. 

O cineasta estava internado desde a quarta-feira, dia 12, com uma pneumonia, no hospital Samaritano, em Botafogo, no meu Rio de Janeiro. 
Na internação foi constatado um tumor no fígado, já em estágio avançado, que causou a morte do diretor.

Ele deixa a mulher Ivelise Ferreira, quatro filhos e cinco netos.

GRANDE NELSON
Em 1955, Nelson levou as telas em "Rio 40 graus" a canção-denúncia de Zé Ketti “O morro não tem vez". E, até então, o morro realmente não tinha vez no cinema brasileiro — ao menos não com aquela crueza poética (ou poesia crua), num olhar influenciado pelo neorrealismo italiano.
Chocou, arrancou aplausos pelo mundo, o eternizou.

Por trás da obra que fundou muitas das bases do que viria nos anos (e décadas) seguintes, sobretudo o Cinema Novo, estava o diretor estreante Nelson Pereira dos Santos, aos 27 anos — antes, ele havia feito apenas o curta-metragem “Juventude” e a assistência de direção em “O saci”.

 

 

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