16 de Novembro

O amor para sempre luz

Estava a caminho do Midway ontem, trabalhar, quando passei por dois velhinhos na Afonso Pena.
Ela de rosa, ele de amarelo num desenho lindo do que é pleno, verdadeiro, singelo.
Era a ternura, ali, entre o rosa, o amarelo.

Estavam de mãos dadas, cabelos brancos, olhares brandos, cor de caramelo.
Acho lindo envelhecer assim: amor, respeito, uma vida inteira entre, claro, agruras e marmelos.

E se eterno, o amor tem outra força na vida.
Redimensiona o tempo, o espaço, sara feridas.
Amor tem um sem fim de dons, desenha tons, jamais alma aguerrida.

Sonhei terminar assim, meus dias pós a labuta, o bater dos martelos.
Eu e meu amor, ela de cor de rosa, eu de amarelo.

 

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