26 de Abril

O chorar da velha Serra

Doeu dum sem fim de parar, a passagem de Antonio Faustino, alma linda e luz da Serra de São Bento.

Oito dias hoje, DeSaboya.com abre o coração em flor para... falar em Seu Antônio é falar no amor.

Com sua mulher, Dona Silva, hoje com 85 anos de saudade – é nesse sentir que a vida chega, quando perdemos nossos Pontos Cardeais, criou uma família linda, cinco filhos (um anjo do céu) unida no afago de Deus, ao redor dos afetos seus.
Foram, vê que lindo, 57 anos juntos, abençoados pela Serra de São Bento, Padroeiro que deu nome à cidade cravada numa das regiões mais lindas e lúdicas do Rio Grande.

Seu Antonio era alma do bem, um cara de luz própria, cheio de planos e esperanças aos 84 anos de idade quando o coração, nem aí para seus devaneios, resolveu bater nos céus.


A Serra, oito dias atrás, inteira parou. As tribos todas, as idades tantas a chorar de saudade do homem, comerciante, dono de uma bodega famosa onde se encontrava de tudo – principalmente o homem que honrou sua história com respeito ao mundo, às pessoas e aos corações tantos que batiam (ou não) á sua porta sempre aberta como seus braços.

No seu velório, quatro da manhã, um homem muito simples chegou.
- Na vez da seca, sem nóis ter o que cume, ele nos deu de comida. Deu comida para meu pais, ajudou nois tudinho aqui.

Pronto, estava, ali, a prece do adeus, até um dia com carinho.
Seu Antonio não morreu, virou luz, passarinho.


Esteja com Deus, Chefe!

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