24 de Abril

Acho a menor graça

Que graça tem rir da dor do outro, do cair do outro, do fraquejar, da derrota alheia?
Nenhuma!
Não há a menor condição de felicidade em celebrar a sofridão alheia.
Bem, assim deveria.
Mas não é!
Impressiona-me o fato de tanta gente, por aí, rir quando o outro tropeça, perde – um político acolá é preso.

- Bem feito!, gritam tantos sem olhar, por certo, para dentro de si.
E perceber, e daí não se faz necessário pretensão alguma, que temos uma família.
Ou um amigo querido.
Ou em ente que geme, um coração vizinho sofrido.

Por mais que desgoste, ria não, da dor alheia.
Compadeça-se – e reze.
Reze por seus anjos e guardas.
Reze aos céus por aquele que sofre.

Um dia a roda gira – e a gaivota que muitas vezes pensamos em ser... cai no nosso colo.

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